VILHENA – Enquanto segue a guerra ideológica contra o uso de um medicamento conhecido e utilizado em larga escala em moradores da Amazônia no tratamento e controle da malária, os pacientes acometidos pela infecção do coronavírus que submetem ao tratamento desde o início com o medicamento que virou mote de disputa política se recuperam da doença ainda na fase inicial. Tem sido assim em Ariquemes e Vilhena, onde os índices de mortes são baixíssimos.
Em Porto Velho, pelo menos dois pacientes – ou seus familiares – acometidos de infecção pro coronavírus reclama de que procuraram o serviço de saúde já apresentando sintomas da doença e foram mandados para caso com a orientação de tomar dipirona e paracetamol. Foi assim com o taxista Leão, que morreu sozinho em casa, e com a esposa do sargento Coelho, que chegou a desmaiar em uma unidade de saúde, já apresentado sintomas do coronavírus e, mesmo assim fora mandada para casa. ela teve o quadro agravado e agora está em uma UTI.
Na cidade de Vilhena, um caso ganhou repercussão após a secretária de uma empreiteira ter sua prisão domiciliar decretada por ter deixado o isolamento no Hospital Regional. Dayana Lima de Amorim França preferiu se tratar em casa, com acompanhamento médico e agora se declara livre do corona.
O advogado Carlos Augusto de Carvalho França, 62, esposo de Dayana, fez questão de tornar público o exame médico dela, para mostrar que, após duas semanas de tratamento, ela se livrou da Covid-19 e não transmite mais o vírus causador da doença.
França criticou a medida, cuja revogação está pedindo na justiça, e explicou o drama enfrentado pela esposa, logo após a morte do pai.
O advogado disse que o tratamento, feito em casa, com acompanhamento médico, incluiu Hidroxicloroquina, Azitromicina e muita água de coco. França também disse que a companheira teve boa alimentação, com sucos de laranja e acerola, além de muitos cuidados da família.
Ao comemorar a recuperação de Dayana, Carlos França cutucou, em postagem no WhatsApp: “esclareço que a presente manifestação é para que se evite julgamentos e opiniões de pessoas que, sem nenhum escrúpulo, acabam por fazer comentários maliciosos, de cunho difamatório e discriminatório. Assim, espero que nossa vida volte ao normal e que cada qual faça uma reflexão sobre esses efeitos da pandemia. Grato a todos que nos apoiaram e que foram sensíveis ao problema”.
Fonte: Folha do Sul