Segundo parentes, Flávio Machado da Silva foi assassinado durante uma discussão com a namorada, que foi presa. Irmão diz que eles precisam de R$ 23 mil para traslado.
Por Sílvio Túlio e Rafael Oliveira, G1 GO
Flávio, que trabalhava na construção civil, foi assassinado na madrugada da última segunda-feira (20), em Odivelas, na Região Metropolitana de Lisboa. Ele residia com um irmão, Nilson Machado da Silva, que estava em uma viagem turística pela Bélgica.
O caso está sendo investigado pela Polícia Judiciária de Portugal. O G1 entrou contato com o Gabinete de Imprensa da corporação, por email, às 9h57 desta quarta-feira (22), e aguarda retorno.
Outro irmão de Flávio, o pedreiro Nivaldo Machado da Silva, que reside em Goiânia, afirma que a família está tentando se mobilizar para trazer o corpo e fazer o enterro em Turvânia, a 92 km da capital, onde ele cresceu. Porém, precisa de ajuda, pois os custos são altos.
“Nós já procuramos e fica cerca de R$ 23 mil para trazer o corpo. Nós queremos fazer isso porque o último desejo da nossa mãe é ver e pode enterrar ele aqui. Não temos esse dinheiro. Até agora ela não acredita no que aconteceu”, disse ao G1.
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Simara da Silva Santos, de 32 anos, foi presa em Portugal suspeita de matar namorado — Foto: Reprodução/TV Globo
Em nota, o Governo de Goiás disse que disponibiliza um valor para custear a cremação e as despesas com o traslado das cinzas de goianos mortos no exterior.
Já o Itamaraty informou que ainda não foi procurado oficialmente pela família e que os consulados em Portugal estão prontos para ajudar, caso sejam acionados. O órgão destacou também que o Governo Federal não arca com o pagamento de traslado de corpos de volta ao Brasil.
Relacionamento
Nivaldo disse que Flávio morava em Portugal havia 17 anos. Ele era casado e tem uma filha, mas se separou recentemente. Há menos de um mês, conforme os parentes, ele começou a namorar com Simara. Ele relata que, apesar do pouco tempo, o relacionamento parecia ser tranquilo.
“A família está abalada, ninguém esperava. Não tínhamos muitas informações dela, mas conversei com ele recentemente e ele estava feliz, disse que tinha encontrado uma pessoa boa”, revela.
O irmão de Flávio que também mora em Portugal está tentando agilizar os trâmites burocráticos para liberar o corpo.
Amiga de Simara, Elisângela Araújo disse ao G1 DF que tenta entender o que aconteceu. “É angustiante não saber o que aconteceu. Nós queremos ajuda das autoridades brasileiras, pelo menos, para esclarecer o que houve”, declarou.

Família pede ajuda para trazer corpo de parente ao Brasil